terça-feira, 5 de novembro de 2013

A Caminho de Santiago - Dia #3

Hoje acordei e tudo continuava molhado, a roupa,  a mochila, as sapatilhas, a Credencial do Peregrino, tudo... Estive no secador de mãos da casa de banho a secar as duas notas de 10 € que trazia comigo, nada secou durante a noite. Às vezes uma pessoa esquece-se que não tem tudo controlado, e é claro que a ninguém controla a natureza.  Ontem, passado pouco tempo de começar a andar, em cada um dos meus pés nasceu uma mini piscina, durante algum tempo carreguei às minhas costas o peso que trouxe de Portugal, e, como a chuva achou que eu ainda não estava no meu limite, decidiu sobrecarregar o meu peso, tinha razão, mesmo mais pesada consegui fazer a minha caminhada. Cheguei ao albergue  cheia de frio e "molhada até aos ossos". O meu companheiro de viagem foi logo tomar banho, tentei fazer o mesmo mas a minha toalha estava tão molhada que foi impossível concretizar logo essa vontade de me enfiar imediatamente debaixo de um chuveiro de água quente e confortar o corpo e a alma. Despi a roupa e embrulhei-me no meu saco cama na tentativa de aquecer-me um pouco, uma peregrina brasileira extremamente simpática e viu-me naquele estado e, depois de lhe explicar a situação, ela não esperou nem 1 min, pegou logo na minha toalha e foi secá-la no secador de mãos, não ficou perfeita, mas foi o suficiente para que eu tivesse entrado logo no chuveiro e tomado o tão desejado banho de água quente.

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