Faltam poucos dias para o Natal e, para mim, esta época é um misto de emoções, porque, se por um lado eu gosto de ver as coisas bonitas que nos rodeiam e o brilho sempre presente nesta altura do ano, por outro lado entristece-me o consumo desenfreado que camufla o verdadeiro significado do Natal. Como eu já disse, eu adoro as cores, o brilho, os sons e os aromas que caracterizam esta altura do ano, o que eu repugno, é quando essas coisas bonitas, que fazem parte da vida, não permitem viver e sentir o Natal em toda a sua plenitude.
É um cliché dizer-se que "o Natal é sempre que o homem quiser", Nicolas Maduro levou isso mesmo à letra quando decretou a chegada do Natal no dia 1 de novembro. Ora bem, o Natal não é sempre que um homem quiser, quilo que deveria ser, e não sempre que um homem quiser, mas sim todos os dias das nossas vidas, são valores como a solidariedade e a partilha que, é um facto, estão mais presentes neste altura do ano e, se isso fosse o Natal, é claro que o Natal deveria ser todos os dias. Mas estes valores não devem fazer parte da vida apenas no Natal, devem fazer parte da vida no Natal, no Fim de Ano, no Carnaval, na Páscoa... Deveriam fazer parte da nossa vida, sempre. Não deveriam ganhar asas e voar para um lugar longínquo assim que termina esta época festiva.
No Natal celebra-se o nascimento de Jesus, mesmo não se sabendo a data exata do Seu nascimento. Essa é a essência do Natal, celebrar o nascimento de Jesus e toda a alegria e esperança que a Sua vinda ao mundo trás às nossas vidas e, cada um deve festejar esse acontecimento à sua maneira não esquecendo a razão pela qual o faz.
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