Há muito tempo que estou
desencantada com a política em Portugal, temos tido péssimos governos, uns
atrás dos outros, mas nenhum tão mau quanto este e, como se isso não bastasse,
a alternativa a Passos Coelho é António José Seguro, isto faz sentir qualquer
português num beco sem saída, é desesperante.
Apesar de todo o meu desencanto
com a política eu nunca deixo de exercer o meu direito de voto e, ontem não foi
exceção, fui votar. Até poderia não o ter feito porque o meu voto não teve qualquer
influência nas contas finais, mas não me sentiria bem comigo própria. O voto
tem que ser sempre em consciência e, neste sentido, não havia ninguém em quem pudesse depositar confiança para liderar o destino da minha cidade. Não tive outra alternativa que não fosse manifestar esse meu estado de alma no boletim
de voto. Voto nulo, 2,95% dos eleitores da minha cidade pensaram da mesma forma
que eu.
Relativamente aos resultados de ontem, mesmo sem
deixar de ter em conta o resultado de Oeiras e a palhaçada do discurso de Paulo
Vistas, há um indicador que pode ser encarado como um ténue raio de esperança,
a eleição de tantos independentes, só o tempo o dirá, mas, por enquanto dá-nos
razões para acreditar que alguma coisa pode mudar.
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